Animal Print

É difícil falar que o animal print, as estampas de animais, estão na moda, quando na verdade ele nunca saiu dela. Basta dar uma olhada rápida nas semanas de moda ou nos sites de tendências para confirmar o que todo mundo sabe, o que todo mundo vê: as estampas de animais, de oncinha a zebra, são onipresentes, de inverno a verão, das ruas às passarelas de prêt-à-porter (roupa feita industrialmente em série, de boa qualidade, e ger. assinada por um estilista da moda).
E como surgiu a relação de amor entre a moda e o animal print? Nos anos noventa, ele era associado a roupas vulgares e de baixa qualidade. Porém, de lá pra cá muita coisa mudou e as estampas de onça, de zebra, de cobra e tudo mais que remeta ao exótico selvagem foram democratizadas e estão em toda parte, seja na lojinha da esquina, seja no desfile do estilista italiano Roberto Cavalli.

Aliás, democratização é o termo certo ao abordar o tema na história da moda. Embora sem comprovação científica, alguns psicólogos defendem ainda a ideia de que a fascinação pelas imagens de animais está em nosso dna, pois nossos ancestrais dos tempos das cavernas usavam as peles dos animais caçados para se aquecer e se cobrir. Estampas de animais, assim como suas peles, são populares desde o século 18, por remeterem ao universo exótico da África e seus animais selvagens. Antes disso, a pele de animal era usada por reis e nobres como símbolo de status e de poder. Ainda dentro dessa esfera, o exótico africano representa características como fuga (da realidade), viagens, aventura, ousadia, luxo e diversidade. Se, num primeiro momento, as estampas de animais estavam presentes no vestuário através do uso de peles, aos poucos desenho e pele foram se distanciando, sobretudo pela militância de grupos defensores dos animais, como a PETA, e pelo fato de a pele ser um material mais raro e, consequentemente, mais caro